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A Prefeitura de Niterói vem apresentando nas 3 últimas reuniões do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR a OPERAÇÃO UBANA CONSORCIADA para a ÁREA CENTRAL DE NITERÓI - “OUC-Centro”. O projeto tem como objetivo realizar a chamada "requalificação" do Centro que abrange os bairros da Ponta da Areia, São Lourenço, Bairro de Fátima, Centro, São Domingos, Gragoatá e Boa Viagem, e parte do Ingá, incluindo o Morro do Estado e do Palácio. Baseado em mapa de Abrangência da OUC - Centro foi criada a Área de Especial Interesse Urbanístico da Área Central – AEIU criada ilegalmente pelo Decreto Municipal nº 11.379, de 11 de abril de 2013, uma vez que AEIU não podem ser criadas por decreto. Essa Operação Urbana permite a adoção de instrumentos como parcerias público-privadas; consórcios públicos; instrumentos do mercado, inclusive Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) e demais instrumentos do Estatuto da Cidade.

Esse modelo de política urbana, que não prioriza o planejamento participativo como condutor e definidor das políticas urbanas, retira da população a premissa de organização de seu espaço e o entrega ao bel prazer dos negócios e à especulação imobiliária. O governo de Niterói, mais uma vez, escolheu seu lado na disputa da cidade.
 
Defendemos a necessidade de revisão do Plano Diretor, a ferramenta coletiva de planejamento, mas infelizmente o governo municipal ainda não está disposto a pautar a revisão do Plano Diretor no COMPUR, que se encontra sem atualização legal desde 2002, quando completaria os primeiros 10 anos. Em contrapartida, acelera o processo de ‘revitalização’ do Centro. Outras iniciativas como essa estão sendo realizadas no Brasil, como no caso do “Porto Maravilha” no Rio de Janeiro de Eduardo Paes (PMDB), prefeito paradigma para Rodrigo Neves.
Raquel Rolnik (urbanista, professora da USP e relatora especial da ONU para o direito à moradia), em debate intitulado “Porto Maravilha pra quem?” explica que há “um paralelo entre o que estaria ocorrendo na Área Portuária do Rio de Janeiro com aquilo que estaria ocorrendo nas áreas no entorno de São Paulo. Lá, como aqui, a área é tratada como um vazio populacional e um vazio de história e cultura, adotando-se algo que se poderia comparar à solução final: o arrasamento dessas áreas para um recomeço em bases palatáveis ao mercado(grifo nosso). Assim, a oposição democrática a tais atos no Rio e São Paulo estaria frente à responsabilidade de barrar um modelo perverso, que se pretende que seja posteriormente modelo por outras cidades brasileiras”.
 
Ou seja, o modelo dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) irão formalizar a especulação imobiliária em nosso território, pois a prefeitura deixa de exercer controle sobre a área e transfere recursos públicos para iniciativa privada. A política urbana passa para iniciativa privada e o Estado será o principal veículo na condução da privatização da cidade.

Esse modelo chegou de novo a Niterói pelas mãos de Rodrigo. Jorge Roberto já tentara implantá-lo no final de seu governo e foi derrotado na época. Temos que estar atentos às exigências do Estatuto da Cidade, por exemplo, nos artigos 33 e 34 encontramos as seguintes exigências para aprovação das urbanas consorciadas:
"1- Definição da área a ser atingida; 2- Programa básico de ocupação da área; 3- Programa de atendimento econômico e social para a população, diretamente afetada pela operação; 4- Finalidades da operação; 5- Estudo prévio de impacto de vizinhança; 6- Contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos; 7- Forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil." (artigo 33)
E, que, "apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a operação urbana consorciada" (artigo34 §2º).

O consórcio, composto pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e OAS, as mesmas do Porto Maravilha do Rio, apresentará o estudo para a área do Centro, em fins de junho. Temos de estar atentos na defesa do direito à cidade para que não avance o processo de elitização e afastamento dos moradores e trabalhadores do Centro de nossa cidade. Nosso mandato está ultimando o estudo de medidas para barrar esta intenção do governo, no legislativo e no judiciário.
 
Choque de Ordem, Calçada Livre e Asfalto...
Enquanto Rodrigo deixa trabalhadores informais sem poder trabalhar, diz que vai achar soluções para problemas que ele mesmo criou. Isso faz parte do mesmo projeto Calçadas Livres, que as deixa 'livres' a construção civil nas ruas da cidade. Assista ao vídeo de Paulo Eduardo na sessão da Câmara em 22 de maio.

Governo Rodrigo Neves aponta que usará OS’s


O Diário Oficial do dia 02 de maio foi publicada a utilização das Organizações Sociais (OS’s) por parte do governo municipal. Esta possibilidade já podia ser percebida pelo discurso do prefeito  Rodrigo Neves e de alguns de seus secretários, como, por exemplo, o de Saúde, Dr. Francisco D’Ângelo que já falara sobre a utilização desse modelo em algumas reuniões.
O vereador Paulo Eduardo Gomes, em conjunto com a bancada do PSOL, deu entrada em 28 de fevereiro num projeto que revoga a lei das OS’s em Niterói. Entretanto, até hoje o projeto não foi levado ao plenário da Câmara. Na última reunião do Conselho Municipal de Saúde, o Conselheiro do Sindsprev  solicitou que o tema fosse pauta da próxima reunião do Conselho. A proposta foi imediatamente rechaçada pelo Secretário de Saúde, que a colocou em votação e conseguiu impedir que o ponto entrasse em pauta.
Nosso mandato acha fundamental esta discussão  para os rumos das políticas públicas de nossa cidade. 

Projeto Marcela

Foi realizado no Quilombo do Grotão mais um evento do
PROJETO MARCELA
! Marcela tem 34 anos, é uma guerreira que está na luta contra o câncer e que precisa de apoio para realizar seu tratamento. Os vereadores do PSOL e do Quilombo do Grotão apoiam e ajudam a divulgar sua causa. Para saber como contribuir acesse o site que é baseado na ética e na transparência.
PSOL pede adiamento da votação para TransOceânica
A Bancada do PSOL não é contra o túnel Charitas-Cafubá, nem contra as obras da TransOceânica. Mas contra a pressa em aprovar obras onde não se detalha os valores envolvidos no projeto, onde não há revisão prévia e adequada do Plano Diretor que planeje a área e a prepare para o crescimento inevitável que esta via irá incrementar. Assista ao vídeo de Paulo Eduardo na sessão ordinária da Câmara em 21 de maio.
ABOLIÇÃO? 
Samba da Comunidade: Para seguir na luta pelo povo negro!

 
Samba, feijoada e denúncia contra o racismo, em defesa dos negros e negras! 
 
SAMBA DA COMUNIDADE 25 de maio 
Roda de Samba: Grupo Família Quilombo com Mariana Braga e o convidado especial Daniel Siscinio.
A partir das 13 horas.
Prato de feijoada apenas 10 reais - Sem cobrança de couvert artístico.
Quilombo do Grotão, Rua 41, Engenho do Mato, Niterói/RJ
Contato: 2709-5577

Homenagem

Há 15 anos, Niterói perdia seu sentinela: o promotor e vereador João Batista Petersen. Seu exemplo de ética, competência e seriedade segue até hoje inspirando os ativistas na luta por uma sociedade socialista e socioambientalmente sustentável. 

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mandatorenatinhopsol.blogspot.com.br
henriquevieirapsol.com
renataodoquilombo.blogspot.com.br


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Para sair dessa lista, escreva para contato@pauloeduardo.org com REMOVER no campo 'assunto'

Boletim 21
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A Prefeitura de Niterói vem apresentando nas 3 últimas reuniões do Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR a OPERAÇÃO UBANA CONSORCIADA para a ÁREA CENTRAL DE NITERÓI - “OUC-Centro”. O projeto tem como objetivo realizar a chamada "requalificação" do Centro que abrange os bairros da Ponta da Areia, São Lourenço, Bairro de Fátima, Centro, São Domingos, Gragoatá e Boa Viagem, e parte do Ingá, incluindo o Morro do Estado e do Palácio. Baseado em mapa de Abrangência da OUC - Centro foi criada a Área de Especial Interesse Urbanístico da Área Central – AEIU criada ilegalmente pelo Decreto Municipal nº 11.379, de 11 de abril de 2013, uma vez que AEIU não podem ser criadas por decreto. Essa Operação Urbana permite a adoção de instrumentos como parcerias público-privadas; consórcios públicos; instrumentos do mercado, inclusive Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) e demais instrumentos do Estatuto da Cidade.

Esse modelo de política urbana, que não prioriza o planejamento participativo como condutor e definidor das políticas urbanas, retira da população a premissa de organização de seu espaço e o entrega ao bel prazer dos negócios e à especulação imobiliária. O governo de Niterói, mais uma vez, escolheu seu lado na disputa da cidade.
 
Defendemos a necessidade de revisão do Plano Diretor, a ferramenta coletiva de planejamento, mas infelizmente o governo municipal ainda não está disposto a pautar a revisão do Plano Diretor no COMPUR, que se encontra sem atualização legal desde 2002, quando completaria os primeiros 10 anos. Em contrapartida, acelera o processo de ‘revitalização’ do Centro. Outras iniciativas como essa estão sendo realizadas no Brasil, como no caso do “Porto Maravilha” no Rio de Janeiro de Eduardo Paes (PMDB), prefeito paradigma para Rodrigo Neves.
Raquel Rolnik (urbanista, professora da USP e relatora especial da ONU para o direito à moradia), em debate intitulado “Porto Maravilha pra quem?” explica que há “um paralelo entre o que estaria ocorrendo na Área Portuária do Rio de Janeiro com aquilo que estaria ocorrendo nas áreas no entorno de São Paulo. Lá, como aqui, a área é tratada como um vazio populacional e um vazio de história e cultura, adotando-se algo que se poderia comparar à solução final: o arrasamento dessas áreas para um recomeço em bases palatáveis ao mercado(grifo nosso). Assim, a oposição democrática a tais atos no Rio e São Paulo estaria frente à responsabilidade de barrar um modelo perverso, que se pretende que seja posteriormente modelo por outras cidades brasileiras”.
 
Ou seja, o modelo dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) irão formalizar a especulação imobiliária em nosso território, pois a prefeitura deixa de exercer controle sobre a área e transfere recursos públicos para iniciativa privada. A política urbana passa para iniciativa privada e o Estado será o principal veículo na condução da privatização da cidade.

Esse modelo chegou de novo a Niterói pelas mãos de Rodrigo. Jorge Roberto já tentara implantá-lo no final de seu governo e foi derrotado na época. Temos que estar atentos às exigências do Estatuto da Cidade, por exemplo, nos artigos 33 e 34 encontramos as seguintes exigências para aprovação das urbanas consorciadas:
"1- Definição da área a ser atingida; 2- Programa básico de ocupação da área; 3- Programa de atendimento econômico e social para a população, diretamente afetada pela operação; 4- Finalidades da operação; 5- Estudo prévio de impacto de vizinhança; 6- Contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em função da utilização dos benefícios previstos; 7- Forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação da sociedade civil." (artigo 33)
E, que, "apresentado pedido de licença para construir, o certificado de potencial adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a operação urbana consorciada" (artigo34 §2º).

O consórcio, composto pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e OAS, as mesmas do Porto Maravilha do Rio, apresentará o estudo para a área do Centro, em fins de junho. Temos de estar atentos na defesa do direito à cidade para que não avance o processo de elitização e afastamento dos moradores e trabalhadores do Centro de nossa cidade. Nosso mandato está ultimando o estudo de medidas para barrar esta intenção do governo, no legislativo e no judiciário.
 
Choque de Ordem, Calçada Livre e Asfalto...
Enquanto Rodrigo deixa trabalhadores informais sem poder trabalhar, diz que vai achar soluções para problemas que ele mesmo criou. Isso faz parte do mesmo projeto Calçadas Livres, que as deixa 'livres' a construção civil nas ruas da cidade. Assista ao vídeo de Paulo Eduardo na sessão da Câmara em 22 de maio.

Governo Rodrigo Neves aponta que usará OS’s


O Diário Oficial do dia 02 de maio foi publicada a utilização das Organizações Sociais (OS’s) por parte do governo municipal. Esta possibilidade já podia ser percebida pelo discurso do prefeito  Rodrigo Neves e de alguns de seus secretários, como, por exemplo, o de Saúde, Dr. Francisco D’Ângelo que já falara sobre a utilização desse modelo em algumas reuniões.
O vereador Paulo Eduardo Gomes, em conjunto com a bancada do PSOL, deu entrada em 28 de fevereiro num projeto que revoga a lei das OS’s em Niterói. Entretanto, até hoje o projeto não foi levado ao plenário da Câmara. Na última reunião do Conselho Municipal de Saúde, o Conselheiro do Sindsprev  solicitou que o tema fosse pauta da próxima reunião do Conselho. A proposta foi imediatamente rechaçada pelo Secretário de Saúde, que a colocou em votação e conseguiu impedir que o ponto entrasse em pauta.
Nosso mandato acha fundamental esta discussão  para os rumos das políticas públicas de nossa cidade. 

Projeto Marcela

Foi realizado no Quilombo do Grotão mais um evento do
PROJETO MARCELA
! Marcela tem 34 anos, é uma guerreira que está na luta contra o câncer e que precisa de apoio para realizar seu tratamento. Os vereadores do PSOL e do Quilombo do Grotão apoiam e ajudam a divulgar sua causa. Para saber como contribuir acesse o site que é baseado na ética e na transparência.
PSOL pede adiamento da votação para TransOceânica
A Bancada do PSOL não é contra o túnel Charitas-Cafubá, nem contra as obras da TransOceânica. Mas contra a pressa em aprovar obras onde não se detalha os valores envolvidos no projeto, onde não há revisão prévia e adequada do Plano Diretor que planeje a área e a prepare para o crescimento inevitável que esta via irá incrementar. Assista ao vídeo de Paulo Eduardo na sessão ordinária da Câmara em 21 de maio.
ABOLIÇÃO? 
Samba da Comunidade: Para seguir na luta pelo povo negro!

 
Samba, feijoada e denúncia contra o racismo, em defesa dos negros e negras! 
 
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Roda de Samba: Grupo Família Quilombo com Mariana Braga e o convidado especial Daniel Siscinio.
A partir das 13 horas.
Prato de feijoada apenas 10 reais - Sem cobrança de couvert artístico.
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Contato: 2709-5577

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