Aconteceu na última terça-feira dia 16 a 2ª audiência pública sobre a OUC - Operação Urbana Consorciada para o Centro de Niterói. Logo de início, o vereador Paulo Eduardo lembrou que estas audiências estão acontecendo durante o recesso parlamentar, com escassa participação dos demais vereadores.
Neste dia a Casa contava com a presença dos 3 vereadores do PSOL, de Bruno Lessa do PSDB e Leonardo Giordano do PT, além do presidente da mesa Roberto Jales, o Beto da Pipa, do PMDB e Cal do PP, líder do governo na Câmara, apenas um terço dos parlamentares da Câmara.
Apesar dos poucos vereadores, a presença da população foi massiva na a audiência e as manifestações contrárias à manutenção do PL 143/2013 predominaram ao longo do debate. As falas favoráveis se limitaram a comentários de simpatizantes e participantes do governo que apenas apoiavam o governo mas que em momento nenhum defenderam o projeto em si. Representantes da UFF, do Instituto dos Arquitetos do Brasil e outras organizações do movimento social fizeram críticas fortes à proposta de Rodrigo Neves e seu pedido de urgência sobre este assunto tão importante para a cidade. A representante do Ministério Público, Dra Renata Scarpa, falou sobre as 61 questões que foram levantadas pelo órgão ao governo, destacando a necessidade do Plano Diretor ser realizado para que tal projeto pudesse ser apresentado e melhor debatido em seu impacto para a região.
A próxima audiência pública para dar continuidade à discussão do projeto será realizada no dia 31 de julho às 17 horas na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Confira as perguntas do MP e as respostas do governo clicando aqui.
|
|
Cabral promete ainda mais repressão
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 19, o governador Sérgio Cabral, ao invés de tentar mediar um diálogo com as manifestações que vêm ocorrendo, deu a entender que a força de repressão que vem sendo utilizada deve aumentar ainda mais. O governador enfocou seu pronunciamento na criação da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas, num discurso claro de criminalização daqueles que vão às ruas protestar. Preocupado com a visita do Papa na semana que vem, o governador disse que tudo ocorrerá num clima de amor de carinho. Tal declaração aparenta um deboche por conta da truculência que vem empregada pelo PM nas últimas manifestações.
Depois de sumir durante dias de duros protestos contra seu governo que chegam a pedir o Fora Cabral, o governante parece não ter entendido os apelos que vêm das ruas e não parece nem um pouco disposto a dialogar com as demandas populares. É necessário deixar claro que as manifestações não são ação de vândalos, mas reflexo de um descontentamento com os governos e estão nas ruas clamando por direitos. Vir a público falar sobre a segurança do Papa ou sobre como se prepara para reprimir novos protestos não dará conta dos problemas da saúde e educação públicas, da mobilidade urbana e de outras questões colocadas.
O governador precisa vir a público ainda responder porque ele e seus secretários precisam de helicópteros para se deslocar, inclusive para ir a sua casa de praia. Esta questão motivou o pedido de impeachment movido pelo deputado estadual Marcelo Freixo neste mês. Além disso, a relação com as empreiteiras era outro ponto que merecia um pronunciamento. Enquanto estas e outras questões não forem discutidas politicamente, a tendência é de que os protestos aumentem ainda mais contra um governador que parece só saber usar o diálogo da força e da repressão.
|
|
|
|
Está na hora de começar a reescrever a história de Zona Norte da cidade e seus espaços de convívio, cultura e lazer. Venha conhecer o EPA (Espaço Popular Alternativo) que fica na Engenhoca. Trata-se de um espaço do PSOL de cultura, política e debates sobre nossa região, o Brasil e o mundo.Faça parte desse recomeço!
|
|
|
Participe do Conselho Político do Mandato Paulo Eduardo Gomes
Inscreva-se em:
|
|
|
|
